Este cultivo está crescendo cada vez mais. Saiba porque o nome milho safrinha não é mais adequado
Já ouviu falar em milho safrinha? Essa designação faz referência ao período do plantio de milho. Saiba tudo sobre (e porque esse nome não é mais correto!).
O que é o milho safrinha?
O milho safrinha é o milho da segunda safra, ou seja, o milho que é plantado depois da safra principal, sendo uma agricultura de sequeiro (plantação em solo seco).
O plantio de milho na primeira safra, no Norte e Nordeste, é feito entre março e abril. Nas demais regiões, entre setembro e novembro.
A segunda safra, ou safrinha, é plantada no NE e Novembro entre fevereiro e junho. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o período vai de janeiro a abril.
Por que safrinha?
O nome “safrinha” vem da ideia de que o milho de segunda safra gerava menor produtividade do que o milho da primeira safra. (não é uma regra)
Esse cultivo sempre foi tratado como de alto risco, além de não ter tecnologia implantada, justamente pela característica de plantio em solo seco.
Com o passar dos anos, no entanto, esse cenário mudou.
Safrinha não: segunda safra
Desde as safras de 2011/2012, o milho safrinha ocupa maior área plantada do que o milho da primeira safra no nosso país, segundo dados do CONAB.
Isso se deve principalmente a dois fatores: a soja e os avanços tecnológicos na agricultura.
Milho safrinha e soja
Da década de 90 para cá, a soja começou a se tornar uma cultura mais rentável economicamente para o verão, ou seja, para o período da safra.
Dessa forma, o milho acabou sendo “empurrado” para a segunda safra, a “safrinha”.
Tecnologias para o milho safrinha
Com todo esse movimento, técnicas e tecnologias se desenvolveram para potencializar esse plantio, de forma que ele pudesse gerar mais produtividade.
O milho de segunda safra, hoje, é semeado bem cedo, logo após a colheita da cultura de verão. Dessa forma, os riscos da redução da disponibilidade de água (a seca) são menores, possibilitando uma colheita mais rica.
Além disso, houve o desenvolvimento de híbridos, sementes mais resistentes para esse período de cultivo e também às características do solo.
Por fim, tecnologias da agricultura 4.0, como sistemas que rastreiam a qualidade do solo e também as condições climáticas, permitem que essa produtividade seja aumentada.
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